domingo, 22 de março de 2009

Ideias sobre Jiboias na Antessala

[foto: estudante de primeiro ciclo segurando uma jiboia]



Já passamos de oitenta dias da reforma ortográfica. Isso mesmo, nossa ortografia foi reformada. Para quem não sabia, não precisou mais que um decreto presidencial para que mudássemos a nossa forma de escrever. Foram mudanças leves, afinal, porém importantes. Escondem, no entanto, um problema muito mais grave. São o analgésico leve, ministrado ao doente terminal.

A ortografia é como uma jiboia. Está ali, à espreita, na antessala dos nossos projetos, sempre esperando para nos dar o bote, fazendo-nos errar feio. E ela tem ótima pontaria. Não há quem dela escape. Não tenho a menor ideia de quantos erros cometo. Tudo que sei é que, depois das mudanças, cometê-los-ei com mais frequência ainda.

Por exemplo: somente no parágrafo anterior, quatro palavras tiveram sua grafia modificada pela reforma. São elas: jiboia, ideia, antessala, frequência. As duas primeiras perderam o acento; a penúltima, o hífen; a última, por seu turno, perdeu o esquecido e quase imperceptível trema. Do ponto de vista do português de Portugal, algumas palavras também mudaram. Projeto e ótima assumiram a forma brasileira, antigamente grafada pelos nossos contemporâneos lusitanos como projecto e óptima.

Poderia aproveitar o ensejo e falar que a língua portuguesa perdeu beleza, graça, entre outras coisas. Faria todo o sentido para mim, afinal eu gostava muito do trema, por exemplo. Parece que a frequência, sem ele, não é tão frequente assim. A falta dos acentos em ideia, tramoia, já ausentes há muito no português de Portugal, leva à tendência de lê-los com vogal fechada, como se lê em esteio, por exemplo. Mas isso tudo é bobagem. Só quem vai ter problema com isso são as crianças, que infelizmente não vão conseguir distinguir as duas formas, de início. Mas as crianças são muito mais espertas do que nós, e tiram isso de letra. Nós é que temos um problema muito mais grave para resolver.

Falar em reforma na ortografia parece patético, quando estamos em um país que não sabe escrever. Vocês já pararam pra imaginar a quantidade de pessoas que se dizem formadas, com curso superior nisso ou naquilo [e, de fato, o são], porém escrevendo coisas como geito, menssagem, excessão? O que aconteceu com o ensino da língua em terras brasileiras, afinal?

Não sei responder. Quem tem curso superior, hoje em dia, não pegou o tempo da aprovação automática, por exemplo. Depois da aprovação automática [ou qualquer nome bonito que venham dar a isso] ter sido aprovada nas escolas públicas, nem sei mais o que esperar. Talvez me contente em ver as pessoas escreverem mais em miguxês do que em português.

Não sei se é a mídia que desincentiva a leitura [e a Internet não está inocente nesse caso], mas o fato é que as pessoas parecem estar desaprendendo a cada dia. A leitura por prazer é desmotivada, quando as escolas "obrigam" os alunos a ler um dois "livros de literatura" por semana ou mês. Não tenho as respostas, apenas fica o alerta. A mediocridade está à espreita, não apenas no ensino do português, mas em tudo relacionado a estudo. As pessoas querem passar, querem notas e diplomas, mas consideram desnecessário estudar. Uma avalanche de profissionais de meia tigela está a caminho dos consultórios médicos, escritórios de advocacia, direções de empresas, salas de aula.

A ortografia é apenas um sintoma, uma febre. Nosso doente está em estado terminal e não adianta lhe dar analgésicos. A picada da jiboia é certeira e letal. Precisamos fazer algo.

27 comentários :

Minhas visões de Belo Horizotne disse...

Estou aqui sem saber se devo ou nao devo comentar suas ideias, com ou sem acento, sobre jiboias, não acentuadas, na antessala sem hifem, palavras, antes e sala agora juntinhas! Agarradinhas! Vivendo uma nova relação...
beijos

Fred Matos disse...

Ótimo texto, Joeldo.
Exceto pelo fato de que a picada da jibóia (eu prefiro com acento, ainda não aceitei as mudanças, talvez não as aceite jamais) não é fatal, já que não é venenosa. Trocando-a por uma cascavel, ou outra qualquer peçonhenta, é exatamente como você escreveu.
Diz-se, e eu creio que seja verdade, que o nosso idioma vem sendo maltratado porque já não se lê como no tempo dos nossos avós. A culpa, diz-se também, eu continuo acreditando, é que, com o advento da televisão, embarcamos numa era de cultura audiovisual. Quanto à Internet, eu acho que vem contribuindo para uma retomada no hábito de ler. Obviamente que ler um livro é sempre melhor que ler blogs e mensagens eletrônicas, mas pior mesmo é a televisão, que, felizmente, vem perdendo "audiência" para a Internet, segundo estudos recentes.
Grandíssimo abraço.

Unknown disse...

Onde iremos parar? Um "dr" antes do nome já não representa quase nada? Ótimo comentário.
Imagine que nesta semana vi uma matéria sobre vídeo livro, com ênfase para quem tem preguiça de ler...pode?

joeldo disse...

Fatima,
Ideias não tem mais acento. Nem jiboias. E a antessala, agora sem hífen [esse ainda com acento] vive uma nova relação como você mesma ressaltou, parece estar bem mais próxima da sala. Deve facilitar as escutas, talvez.
Seja bem vinda.
Beijos
Joeldo

Fred,
Somente pessoas como você e eu [que não passamos pela aprovação automática] sabem distinguir a picada de uma jiboia, ou de uma sucuri [essa nunca teve acento] da de uma cascavel. Ainda que nunca tivéssemos levado uma.
Eu aceito as mudanças. Não porque sejam para pior ou melhor, nem porque foram impostas por quem é mais forte do que eu. Apenas porque são irreversíveis.
A Alfândega do Fim do Mundo, desde 01/01/2009, escreve de acordo com a nova ortografia, na medida do possível e das limitações do autor.
Mas não precisava revelar tão cedo que a jiboia não é venenosa. Essa é apenas uma, dentre as inúmeras pegadinhas deste texto.
De qualquer forma, adoro ter você por aqui, grande amigo.
Forte abraço
Joeldo

Lisete,
Um Dr. antes do nome revela uma única coisa (para quem não é Ph. D. em algo, claro):
A mais absoluta arrrogância e estupidez, por parte de quem exige ser chamado dessa maneira.
Somos pó e ao pó voltaremos. Mas há pessoas que só se convencem disso quando se encontram no final da frase anterior.
Enquanto isso, acham que audiolivros, videolivros, ou coisa que o valha, vão torná-las melhores que as outras pessoas.
Grande beijo
Joeldo

Katia Cristina disse...

Olá,
Se o problema na educação em nosso país se resumissem apenas na questão ortográfica, seríamos o paraíso na terra.Como também não passei pela aprovação automática, GRAÇAS A DEUS, me entristeço muito ao ver jovens chegando as universidades, e passando nos vestibulares, sem ao menos saberem escrever direito seus próprios nomes. Enquanto a base da pirâmide não tomar consciência de sua força e lutar por políticas públicas que realmente privilegiem uma educação de qualidade os nóis vai e o jatão todo mundo aí vai continuar de mal a pior. Perdoe os erros na acentuação, mas infelizmente vou demorar muito a me acostumar, apesar de ser urgente em minha profissão.Muito boa sua reflexão.
Beijos.

Katia Cristina

Unknown disse...

Muito bem, professor, corrigiu-me e jamais esquecerei: "videolivro e audiolivro". Prometo não comentar outra vez enquanto o cansaço me dominar...rs.
Errei duplamente, a matéria era sobre audiolivro.
Quando me referi ao "Dr", foi lembrando o que minha mãe sempre diz; "os doutores de antigamente, vestiam-se bem e escreviam com letras mais bonitas".
Concordo com o Fred, como nossos avós, são poucos os que ainda prezam pelo bem falar e escrever.
Com certeza a televisão contribuiu para o início dessa decadência, por quanto tempo não se ouviu muita gente dizer "aí vareia!"?
Então, quem não tem a oportunidade e o incentivo ao estudo, aprende com ídolos a falar errado por ser engraçado.
E os roteiristas e escritores, há quanto tempo não se ouve um "eu o(a) amo" e sim “eu amo ele(a)”? É assunto que não tem fim este.
Só discordo de você em uma coisa, somos e voltaremos a ser pó, mas só a matéria que envolve o espírito que somos, em constante evolução.
Por falar em Ph.D, conheci um que era a coisa mais simples e boa do mundo, era ainda do tempo da vovó, apesar da pouca idade, então não devemos generalizar tanto.
Boa semana, não demore tanto para escrever...e, desculpe-me pelos erros.
Um beijo à sombra daquela árvore que conhecemos, antes da cerca.
Li

Lygia disse...

Olá Jo!

Bem, estou aqui às voltas com uma enorme dificuldade em resumir meu pensamento a respeito dessa situação. Se fosse falar mesmo precisaria de muito espaço. Primeiro gostaria de ressaltar que sou uma defensora ferrenha da "Progressão Continuada" no seu projeto original. O que acontece é que essas pessoas que se dizem letradas não souberam, ou não conseguiram, entender e se preparar para a implantação desse projeto, transformando o que seria uma solução, num problema ainda maior. Mas isso seria tema para uma longa discussão. Por hora, temos professores que não sabem ler e escrever, ensinando exatamente o que não sabem. Isso forma um círculo cada vez mais fechado de ignorancia. (tem acento?) E pior e mais triste, saber que essa nossa reforma é puramente comercial. Ser ou ter? eis a questão. Delicioso seu texto.Seria muito bom se pudessemos ter um fórum de discussões sobre o tema, ao invés de comentários apenas.
Parabéns pela abordagem e pelo brilhante texto. Desculpe, acho que me estendi demais. Mas essa é a minha paixão!

Beijos

Mari Amorim disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tatiane MG disse...

Adorei o texto! Ainda não me adaptei às novas mudanças mas não sou aversa a elas! Tenho que confessar que frequência como esta agora, esta bem melhor, me deu mais sorte! e espero que continue assim.. cada vez mais frequente!

joeldo disse...

Katia,
A questão ortográfica é apenas um pretexto para abrirmos essa discussão e reflexão mais profunda sobre as bases da nossa educação.
Sempre vou chamar a atenção sobre a onda de mediocridade que este sistema de ensino está gerando. É uma bomba-relógio que já está começando a mostrar seus efeitos devastadores.
Beijos,
Joeldo

Lisete,
Não fique brava, a ortografia é isso mesmo, um monte de jiboiazinhas [o diminutivo já não tinha acento, antes da reforma] prestes a nos atormentar.
Quando falei em doutores, não me referi aos doutores de verdade, que são a minoria, mas sim à maioria que apenas ostenta o título. Os doutores de verdade, como o que você conheceu, nem precisam dele.
Somos pó sim, mas um pó enriquecido e animado pela sabedoria de um espírito.
Beijos
Joeldo

Lygia,
A Progressao Continuada é uma idéia fantástica, como você disse, na sua concepção original. A falta de preparo dos profissionais transformaram-na na aprovação automática, e nada se fez em contrapartida.
Nossa ignorância [ainda com acento] vai ganhando forma nos resultados desastrosos da aplicação equivocada dessa política.
Vou pensar na idéia do fórum de debates, essa estrutura texto/comentário não ajuda muito a refletir.
Vou tentar implantar algo bacana e sem moderação [se as Safires da vida deixarem, é claro]
Beijos
Joeldo

Mari,
Vou ter que comprar um desses, pelo jeito. Cento e vinte reais não é pouco, mas não há alternativa para quem precisa. Só fico imaginando como, a alguém que ganha um salário mínimo, é exigido escrever corretamente, com a literatura de apoio a esss preços.
Beijos
Joeldo


Tatiane,
À medida que envelhecemos, os anos passam mais rápido. Tudo parece ocorrer com mais frequência mesmo.
Mas que eu gostava mais com trema, isso eu gostava. Fazer o quê.
Obrigado pelo comentário.
Beijos,
Joeldo

coisas que vi e vivi disse...

Joeldo
Não gostei da picada da jibóia ou jiboia.RSRS
Seu texto me fez refletir e muito tanto é, que fui fazer uma pesquisa para poder ser objetiva na minha postagem, não sou de fazer elogios sem merecimento, achei excelente, seu texto, mas não vejo graça na falta de educação e cultura no Brasil… A síntese (agrupamento de fatos particulares em um todo que os abrange e os resume) não é algo fácil, pois depende de boa vontade e interpretação de quem lê.
E ler, atualmente, parece ser algo desnecessário.
E pensar no que foi lido mais ainda. Por isso somos o país das piadas.
Há quem as defenda porque mostram uma irreverência que só o brasileiro tem. No fundo mostra uma incapacidade em assumir as verdades e os problemas.
Uma frase que para muitos é uma piada, mas que para mim é uma síntese completa do que somos dois comentários me chamaram bastante a atenção, em minhas pesquisas.
Um especialmente pela ira e o outro por descontextualizar justamente a função da colocação dessa suposta piada
Para não deixar dúvida de que não se tratava simplesmente de uma piada, um claro “Típico da Identidade Brasil:” precedeu a frase que, aí deve estar o motivo da ira, falava de certo presidente.
Um simples exercício de raciocínio lógico bastaria para entender que, sutilmente, a proposta da piada não era denegrir a imagem do tal presidente, pois isso ele faz sozinho, mas mostrar que assuntos sérios viram piadas e que isso é Brasil.
Fazer uma reforma ortográfica em um país onde pessoas com nível universitário não sabem nem o mínimo para produzir um texto sem erros básicos de acentuação e pontuação e permitir que sejam gastos milhões em campanhas para explicar os efeitos do álcool, enquanto a propaganda de cerveja rola solta pela TV é a verdadeira piada.
Esses milhões deveriam ser gastos na educação e no tratamento do alcoolismo, inclusive do dito cujo que é defendido com paixão.
Ler, já e raro e mais raro ainda, alguém entender o que está lendo. É o chamado analfabetismo funcional.
Mas quem se importa que nossa língua que foi reconstruída (sim, porque somos colônia e falamos a língua-mãe) porque agregamos a mandioca e o candomblé?
Eu percebo que conhecimento vale menos que o BBB.
Mas diante da última do Mandatário Supremo, é praticamente impossível ficar imune.
Você já leu, tenho certeza, a declaração Dele à Revista Piauí que não lê jornais “Porque tenho problema de azia”. A questão não é o que ele diz, mas o que faz.
Explico novamente: em outro trecho Ele explica como se informa e aí é que mora o problema.
O Presidente disse que prefere ver o vídeo de uma reportagem de televisão ou um artigo trazido diariamente por Franklin Martins (Ministro da Comunicação Social) ou por Clara, Assessora Especial da Presidência, ou seja, as fontes de informação são filtradas e direcionadas.
Alguém aí, com mais de 30 anos, se lembra do seriado A ilha da fantasia?
Abraços
LI
PS: Mari levantei também uma estátistica sobre os custos, dos futuros livros, que teram também que passar pela reforma é assustadora. Estou ainda elaborando o texto com todas as estátisticas e dentro de alguns dias estará pronto dá uma passadinha lá, está ficando interessante.

joeldo disse...

Li,
Obrigado pelo comentário e reflexão. O que leu aqui pode ser visto como piada, metáfora ou verdade absoluta. A situação em que se encontra o sistema educacional do País não tem graça nenhuma, é verdade. Mas nem por isso meus textos deixarão de embutir metáforas, piadas, pegadinhas ou coisa que o valha. Aqui é lugar de reflexão, mas com bom humor. E cada um vê as coisas à sua maneira. Como bem disse Fernando Pessoa: "Sentir, sinta quem lê".
Aliás, o nosso presidente, enquanto exibe a sua ignorância, mostra-se apenas mais uma vítima do sistema. Ele só se mostra como agente do continuísmo quando sua caneta entra [ou não] em ação. E nesse momento, mesmo estando assessorado pelos maiores intelectuais da corte, ele assegura a perpetuação da apedeutice. E isso também não tem nada de engraçado. Mas não é por isso que deixaria de escrevê-lo.
Abraços
Joeldo

Mari Amorim disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
coisas que vi e vivi disse...

Prezado Joeldo, acho que sem querer pus os pés pela mãos , pois não consegui me fazer entender, não quis de modo algum criticar seu texto e tampouco dizer que você estava fazendo troça de nossa reforma ortográfica ,mas sim que , mesmos nossos letrados, da Academia Brasileira de Letras, não concordam com esta reforma ortográfica, visto que existem outras prioridades em nosso sistema, como a fome, melhora da qualidade de ensino, mais valorização aos professores que a ministram, pois como disse sua seguidora Mari o custo do livro, um absurdo, como um professor á nível de 1º e 2º grau, ganhando pouco mais que um salário mínimo tem condições de
estar atualizando-se e comprando livros. Portanto para se fazer uma reforma ortográfica
primeiro temos, que valorizar nosso povo, . Novamente me desculpo, e digo quando falei em piada, falei de quem assinou a reforma, pois garanto que nem leu seu conteúdo.
Caso o Sr ache meu conteúdo abusivo, me disponho a parar de acompanhar seu blog, se for este seu desejo.
Abraços
LI

joeldo disse...

Mari,
Obrigado pelo comentário e reflexão, acho que as coisas começam por aí mesmo, não é só o Presidente, mas todo um corpo de parlamentares os responsáveis pela situação atual. Cabe a nós perpetuá-los ou destituí-los, tudo depende da nossa vontade, se de mudança ou continuísmo.
Beijos
Joeldo

Li,
Seu comentário não teve nada de abusivo. Eu quem peço desculpas se não entendi algo. Ressalto que meus textos são cheios sim, de graça e bom humor, mesmo narrando tragédias como a que acabei de narrar, que é a situação atual do sistema educacional. Pois é jogar na vala comum da ignorância milhões de crianças e futuros profissionais. Não há tragédia maior do que esta. Então sua crítica, quer da reforma como piada em si, quer do texto que a comenta, é bem procedente. Fique tranquila.
Abraços,
Joeldo

Lygia disse...

A nossa esperança é que existem ainda educadores conscientes,apaixonados pela profissão, em meio aos quais modestamente me incluo. Sei que temos aqui outras profissionais da educação como a Mari e a Katia. Os salários realmente são baixos, mas a esperança é enorme. Temos ainda a certeza de poder mudar o mundo. E podemos mesmo!!!! Não só ensinando a ortografia, que ainda é nova mas logo será utilizada normalmente. Mas se com todos os sacrificios, os preços dos livros,etc, conseguirmos educar politicamente pelo menos uma parte dessas gerações que passam pelas nossas mãos e corações... Talvez não cheguemos a ver mas teremos as mudanças que tanto almejamos. E quem sabe um Brasil que saiba realmente ler, escrever e lutar pelos seus direitos a uma educação de qualidade.

Abraços a todos

Angelica Amorim disse...

Papito,
Sou contra o assistencialismo, a educação é a base para o desenvolvimento
de um país, mas a qualidade do ensino público é péssima, a Universidade
onde frequento, só foi possível porque houve , acompanhamento rígido,nesse dicionário nunca existiu nota 8, e nem a palavra psicologia infantil, existiu, as regras foram claras.As mudanças estão aí,devemos adequar nossa realidade ,se cada profissional, futuro profissional,fizer o melhor dentro de sua área ,haverá uma saída para esse caos.Ao contrário,enriquecimento das escolas particulares,e as minorias desinformadas, votando mal,como a Elite deseja.assim sendo, jiboia!
Beijossssss
trofeu?!!!

Gékila

Mari Amorim disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Maria Helena disse...

Atenção!
Vamos ajudar a manter este site que é nosso e que pode ser fechado por falta de uso!
http://www.dominiopublico.gov.br/
peguei o chamado, no Blog da amiga Mari.
Joeldo,a palavra mágica é CIDADANIA
Parabéns!.
bjs,
Maria Helena

JK disse...

Oii
Mal incomodar, mas ja incomodando ne ? rsrs
To divulgando meu blog
Pode dar uma passadinha la ?
' Os pensamentos voam
Fiz uma historia a algum tempo atras real, com a primeira parte, agora fiz a segunda, essa falando em como ele se sentia em relação a tudo..
Pode dar um passadinha e dar opinião ?
www.josikeller.blogspot.com
Valeu..
Espero saber k tu foi la ok ?
Beijaoo

.

J Araújo disse...

Decretou a morte ou a ressureiçãoda língua portuguesa(e agora, separado, re- ou não?)Fiquei na dúvida. Mas deixa pra lá, essa coisa ainda vai dar muita dor de cabeça.

Nossos políticos só sabe inventar coisas. Nem a língua atual,muitos deles nem sabe falar. É uma lástima.

Na verdade gostei muito dessa página, parabéns.

cantinho da Tania disse...

Joeldo li e reli todos os comentários, pois como sabe já estou fora do eixo da educação há cinco anos, então precisava do subsidio dos atuantes na área para ver se postava ou não, pois para falar besteiras melhor não postar, acho que não escrevi muitas besteiras, pois me utilizei do meu querido amigo Word.Embora ele só corija.

"Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro."
(Pronominais - Oswald de Andrade)

Eu apoio a reforma ortográfica, mas haverá algumas consequências na Língua Portuguesa. Um exemplo, o Word vai ficar autocorrigindo com frequência a maioria das palavras e eu estou com preguiça de mudá-las.
O objetivo do acordo ortográfico é unificar a língua portuguesa, uma ótima ideia dos governos. Eles creem que a nova regra pode trazer benefícios para todos. Superinteressante, mas subumano. Não se pode mexer na infraestrutura da língua assim (apesar de contar com o meu apoio, não se esqueça disso). Complica! Temos de nos tornar super-homens, ou aprender kung fu.
Pode até ser para unificar, mas ficou uma feiura!
Uma dúvida, alguém entende: “Joguei pelo pelo sofá”?!
“““ “““ E LIBERANDO UM POUQUINHO DE VENENO, COMO FICAM NOSSOS POLITICOS COM AS MÃOZINHAS UM” POUCO “ MAIS ABAROTADAS, POIS REFORMA FOI APROVADA NÃO SOMENTE PELA MELHORIA DA QUALIDADE DA VERBALIZAÇÃO DO POVO BRASILEIRO , MAS SIM PELOS MILHARES DE R$ QUE VÃO ENTRAR GABINETES ADENTRO FORA O QUE JÁ ENTROU.
BEIJINHOS DE LUZ.
TANIA ZOTTO

Mari Amorim disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lygia disse...

Fico imaginando quantos recados deve ter aqui cobrando sua volta... Vc faz muita falta... Venho aqui todos os dias... Releio poemas, textos. Me emociono novamente a cada vez que faço isso. Parece sempre um poema novo, algum detalhe no texto que ficou prá trás... Você faz muita falta mesmo... mas "Se o amor é grande a espera não será eterna". Espero sempre sua volta.

Beijos

Adrianna Coelho disse...


Joeldo,

O texto é ótimo e pertinente. E tbm pensei na questão de reforma gramatical num país que não sabe escrever (infelizmente não sabe fazer contas tbm - e ainda temos um probleminha extra com "Moral e Cívica"... rsrs)
Temos muito o que resolver por aqui!

Sempre me considerei muito boa em português, mas que agora ando insegura, ah, isso ando!

Vida disse...

joeldo:

Parabéns pelo blog!

Anônimo disse...

A realidade das escolas brasileiras, segundo muitos estudiosos (Demo, Vasconcellos, dentre outros) é o da promoção do “aprender mal”, os dados apresentados pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) apontam para esta situação vigente.

Alunos que não sabem ler com compreensão, que não sabem escrever dentro de uma perspectiva de autor, de construtor de ideias próprias estão aos montes nos bancos escolares.

Várias ações são importantes para reverter tal situação, dentre elas podemos destacar o investimento na formação inicial e continuada dos profissionais da educação numa vertente em que os mesmos sejam pesquisadores e autores, para assim, consolidar com seus alunos, práticas pedagógicas coerentes com uma formação integral.